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Mostrando postagens de junho, 2014

O canadense

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A gente sempre ouve dizer que o Brasil tem a fama de ter um povo hospitaleiro, simpático e que sabe receber bem o turista. Com todos os holofotes do planeta voltados para o país em função da Copa, essa imagem foi reforçada para o mundo inteiro. Basta assistir a qualquer vídeo na internet que apresenta o país ou as cidades sede dos jogos que dá pra perceber claramente que essa energia do brasileiro é apresentada quase que como mais uma atração turística. Não sei como são os outros povos ao redor do mundo, mas desde o meu primeiro dia em Toronto já pude sentir o quanto que o canadense é educado, solícito e agradável. Ao desembarcar fiquei sem saber para que lado ia porque o aeroporto internacional de Toronto é muito grande. Quase um labirinto. Meu amigo acabou demorando um pouco para ir me buscar. Até saber do paradeiro dele eu pedi informação sobre a saída do aeroporto a alguns funcionários que me trataram muito bem. E olhe que nessa época eu falava muito pouco em inglês. Depois fu

O medo de andar na rua não veio na mala

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Em uma das minhas últimas semanas em Salvador tive o desprazer de presenciar dois assaltos em pleno trânsito. No primeiro duas meninas foram assaltadas no mesmo ônibus em que eu estava. No segundo o marginal arrombou o vidro de um carro que estava parado em um engarrafamento. Da janela do ônibus eu vi tudo acontecer. Quem já foi assaltado ou já viu um acontecer sabe que a sensação é de medo, depois impotência e por último revolta. Não gosto de ficar aqui comparando Toronto a Salvador porque minha intenção nessas postagens nunca foi essa. Mas, como qualquer jovem que cresce em uma grande cidade brasileira, passei a vida inteira ouvindo que por estar vulnerável a uma situação dessas eu devo ter cuidado ao andar na rua, dirigir, ir ao banco etc. Me acostumar com a atmosfera de segurança canadense chegou a ser engraçado justamente por causa dessas defesas.  O Canadá é o país que conta com uma das taxas mais baixas de homicídios por número de habitantes de toda a América, segundo est

Caminho de casa e caminho de me perder

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Eu já nem lembro quantas vezes me perdi andando pelas ruas de Toronto. Só na primeira semana foram umas quatro vezes. Lembro que uma vez eu tinha ido a um shopping perto da escola, mas na hora de voltar acabei entrando em uma rua errada e aí de repente eu não fazia a menor ideia de onde estava. Isso sem falar no dia em que eu cheguei aqui e me perdi porque fui pro ponto de ônibus errado. O detalhe é que isso tudo aconteceu quando ainda nevava muito e o frio era insuportável. No fim das contas foi bom porque me fez criar o hábito de andar mais atento a pontos de referência. Mas o que me ajudou mesmo foram os mapas das estações de metrô. Hoje em dia é muito raro eu me perder por aqui. E quando isso acontece, eu entro em uma estação e facilmente consigo me situar. Os canadenses reclamam muito do sistema de transporte daqui, mas pra mim é tudo ótimo. No transporte público você tem a opção de andar de metrô, bonde ou de ônibus. Em todos os pontos de ônibus ou nas estações de metrô há