A tal da dona privacidade

O internauta entra no Facebook e dá de cara com postagens de pessoas que não querem ter a sua intimidade exposta. São textos que explicam de que forma você deve contribuir para que as atualizações dela não acabem indo parar na tela de algum desconhecido. E aí te falam para clicar aqui, clicar ali... Tudo para preservar a tal privacidade.

Em alguns casos as postagens são como uma espécie de aviso ao 'senhor Facebook', em que fica bem claro que aquelas informações pessoais não devem ser compartilhadas de forma alguma com qualquer outro meio que não seja o próprio site.

A partir do momento em que a pessoa se cadastra em uma mídia social e lá divulga informações pessoais, fotos etc. ela está automaticamente abrindo mão dessa privacidade. Quando você adiciona alguém, esse alguém vai saber seu nome, sobrenome, onde você nasceu, onde mora, onde estudou, onde trabalha, quem são seus amigos, parentes, namorada etc. 

Na época em que o Orkut era a grande febre na internet, as pessoas em um determinado momento começaram a bloquear todas as informações pessoais, só que ao mesmo tempo as comunidades ficavam lá para quem quisesse ver. No caso do meu perfil, quem se deparasse com ele bloqueado ia ter a possibilidade de saber tudo sobre mim através das minhas comunidades, que muitas vezes diziam mais do que o 'formulário' preenchido no perfil. 

O mais curioso de tudo isso é que sempre que começa mais uma edição do Big Brother Brasil, surgem milhares de discursos de que aquilo ali é um absurdo, de que é muita exposição e aí tomam os participantes para Cristo simplesmente pelo fato de terem entrado no programa. Se a gente parar e pensar, fazer parte de uma mídia social é uma como participar de um reality show. Quando fazemos parte dela somos os participantes e os espectadores. Os participantes por estarmos ali abrindo a nossa vida para o mundo, e os espectadores por acompanhar tudo o que se passa na vida das pessoas através das atualizações na nossa página inicial.

Quem se se propõe a estar em sites como o Facebook deve arcar com as consequências disso. O que fica a critério de cada um é ter bom senso o suficiente para saber até que ponto a própria imagem vai ser exposta.

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