O idoso e o transporte público

Perante o Estatuto do Idoso uma pessoa é considerada idosa a partir dos 65 anos de idade. Atendimento prioritário em bancos, não precisar enfrentar fila em estabelecimentos comerciais e assento preferencial em veículos de transporte coletivo são só alguns dos direitos usufruídos por quem chega nesta fase da vida.

Todos estes direitos estão previstos em lei, mas nem sempre estas determinações judiciais são respeitadas.
A falta de respeito com o idoso pode ser facilmente percebida no sistema de transporte público. Muitos veículos coletivos não possuem a sinalização nos locais preferenciais, que se encontram próximos aos que são reservados a gestantes e deficientes físicos. Mas o problema se torna mais grave quando o lugar está sinalizado e, mesmo assim, o idoso não pode se acomodar porque há outro passageiro, mais jovem, sentado.

É comum se deparar com situações em que um passageiro senta no local sinalizado por não haver idoso no veículo ou porque o local está vago. Mas quando o idoso chega, da mesma forma que muitos se levantam para ceder o lugar (na verdade, devolver), existem os que não se sentem nesta obrigação. Uns viram o rosto, outros esperam que algum passageiro se levante para ceder o lugar e, ainda existem aqueles que reagem à situação com indiferença.

Em veículos superlotados é possível, inclusive, se deparar com passageiros que reclamam quando um idoso, fora do veículo, faz sinal para entrar. Todos estes conflitos não se restringem somente a passageiros mais novos e passageiros mais velhos, muitos motoristas também entram na história.

Alguns motoristas ignoram a sinalização feita pelo idoso para embarcar. Há aqueles que freiam muito longe do ponto, obrigando-os a correr para conseguir alcançar. Existe, também, os motoristas que esperam o idoso subir no veículo, mas não esperam que ele se acomode, causando uma situação constrangedora.

Uma reportagem publicada no jornal A Tarde do dia 3 de julho de 2011, sobre as dificuldades encontradas pelos idosos para encontrar assistência no serviço público de saúde, trouxe uma informação interessante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado em 2009, que afirma que em por volta do ano 2040 o número de pessoas com mais de 50 anos vai superar o de pessoas com de 0 a 30. Na mesma reportagem há um dado da coordenação de difusão de informações do IBGE, que afirma que a população acima dos 60 anos alcançou quase 1,5 milhão atualmente.

Este tipo de dado para o futuro se torna algo extremamente preocupante quando colocado ao lado da realidade vivida pelos idosos. O que resta é esperar que, de alguma maneira, as pessoas passem a fazer uso do respeito, da educação e do bom senso.

Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCNoKwUZ2BaxlOvvH5Y4G5FMdortk67bZ-o2zZ2lG0bnggeiFVMCkdWCtsntg9ByfT58z1fJjNo7HmBrgcGKj0Urmrp4re0CZyurZlzF0yBhaI4XPRG3X2vy_Jn7yLPUYyOST7X0IGla0/s400/idosos.jpg

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