A música é o melhor remédio
Uma experiência realizada com ratos no
Japão e publicada no Journal of Cardiothoracic Surgery provou que a música pode ajudar na recuperação de
transplantados. Sobreviveram por mais tempo os animais que ouviram muita ópera após
um transplante de coração do que aqueles que ouviram pouca.
Eu costumo ouvir música quando
estou a bordo do ônibus (fone de ouvido!), dirigindo, usando o computador,
malhando... Não tenho um gosto específico, tenho minhas preferências dentro de
quase todos os gêneros. Agora, por exemplo, eu tenho ouvido muito forró e sertanejo
por causa desse clima pré São João que já está se instalando. A depender da
época ou de como eu esteja, diversifico o que vou botar pra tocar.
Falando nisso, a revista Galileu
publicou na edição de abril uma entrevista com o pesquisador Alex Doman, coautor
do livro Healing at the Speed of Sound
(A cura com a velocidade do som, sem edição brasileira), em que ele afirma que
a música tem papel importante no nosso humor, no desenvolvimento do cérebro e,
por consequência no nosso sistema imunológico.
Como eu sempre preciso “tirar da
cartola” coisas interessantes pra escrever para a faculdade ou para o estágio,
muitas vezes a criatividade some. Uma das estratégias que eu uso quando isso
acontece é fazer uma playlist. Com isso eu acabo lembrando alguma situação, de algo
que eu havia lido ou visto e a partir daí a criatividade reaparece com força
total. Muitas vezes a ideia passada no verso de uma canção embala todo o ritmo
de um texto meu.
Outro poder que a música tem é o
de eternizar momentos ou fases importantes da nossa vida. Quando ouço
“Aquarela” de Toquinho ou “Planeta Água” de Guilherme Arantes, por exemplo,
lembro minha infância. Talvez por ter tido professores que sempre colocavam
essas músicas pra tocar nas aulas. Outro exemplo é “Quando te Vi”, uma versão
que Beto Guedes fez para “Till There Was You” de John Lennon e Paul McCartney, que
me faz lembrar minha mãe porque ao ouvir essa música ela conta que foi essa a
trilha de quando ela entrou na igreja no dia de seu casamento.
Vou deixar aqui uma canção que me
acompanha há mais ou menos uns cinco anos. Não que eu seja fã dos Cranberries,
só conheço os hits, mas “Linger”, de Dolores O’Riordan e Noel Hogan, independente
do sentido da letra, é naturalmente forte, marcou uma fase da minha
adolescência e até hoje eu gosto muito de ouvir. Gosto tanto que não ouço
sempre justamente pra não perder a graça.
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